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Namibe: Construção de novas barragens aumenta produção de energia

Ao falar na sessão de encerramento do 7º conselho consultivo do sector, o ministro salientou que a conclusão total desses empreendimentos, que ocorrerá ao longo do próximo ano, aportará uma significativa capacidade de produção de energia, que aumentará a regularidade e qualidade do fornecimento de energia, particularmente a Luanda.

“ Em complemento à execução de tais projectos, foi construído um extenso corredor de muita alta tensão entre Luanda e o Soyo, que já permitiu fazer chegar energia aos municípios do Soyo, Nzeto e que no próximo mês chegará a Mbanza Kongo”, disse o ministro.

Acrescentou que o  corredor em construção, entre Laúca, Waco Kungo e Huambo, que interligará assim os sistemas Norte e Centro e potenciará a electrificação das províncias do Cuanza Sul e Huambo, a partir do final de 2018.

“ Como resultado da ainda significativa capacidade de produção térmica instalada (cerca de 40% do total), e dos elevados custos de manutenção da mesma, aliados a uma degradação da situação financeira das empresas do sector, tem sido desafiante a tarefa de manter as centrais térmicas em funcionamento, bem assim como assumir os compromissos contratuais com os diferentes prestadores de serviços”, acrescentou.

Com a actual crise financeira que o pais vive, o ministro chamou atenção aos prestadores públicos  a recorrer à sua imaginação para que a qualidade do serviço prestado não seja degradada pelos constrangimentos referidos.

Para João Baptista Borges, é importante que  se  continue a apostar em planos de acção que persigam a redução dos custos fixos e variáveis das empresas públicas do Sector, bem como a elevação das receitas provenientes da actividade de cobrança.

Relativamente ao alargamento da matriz energética, disse que tem desenvolvido acções de coordenação de um programa de cooperação com a Agência Internacional de Energia Atómica- AIEA, com projectos em que intervêm outros sectores, como os ministérios da Saúde, da Ciência e Tecnologia, da Agricultura e da Defesa.

Para o efeito, continuou o governante, foi  criada recentemente a comissão multissectorial encarregue de projectar o desenvolvimento do País até ao horizonte 2050, da qual faz parte o Ministério da Energia e Águas.

A elaboração de tal estratégia de desenvolvimento afigura-se de grande importância na perspectiva de uma gestão e aproveitamento sustentável de todos os recursos energéticos primárias, bem como hídricos, de que o País dispõe, na perspectiva de uma completa universalização do acesso aos mesmos.

Para os próximos anos, a produção  de energia deverá ser globalmente elevada, em todo o País, não só com a conclusão dos dois grandes projectos estruturantes no domínio hídrico e gás natural, bem como com o reforço de capacidade de geração térmica no Huambo e Kuito, Lubango, Namibe, Benguela, Luena e Saurimo.

“ Deverá continuar a ser incrementado o esforço de arrecadação de receitas por via das cobranças, nas águas e na electricidade, com as empresas públicas como intervenientes, com o necessário concurso do Sector Privado, em parceria”sublinhou.

Apontou ainda no seu discurso, a  formação ou capacitação como  um investimento intangível mas de grande relevância e que deve ser intensificado, na mesma proporção que o investimento em infraestruturas.

“Centros de formação especializados, como os que este ano foram concluídos em Laúca ou em Onga-zanga são importantes para essa crescente capacitação e valorização dos recursos humanos e será de prosseguir a construção dos centros de formação da EPAL, em Luanda, da RNT para a manutenção de Linhas, no Uíge e de Técnicos e Operadores de Centrais Térmicas, no Soyo”.

  • angop.ao
  • 07/06/2017
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