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Aprovados novos empréstimos

A informação consta em dois Despachos Presidenciais do final de Dezembro, onde os acordos de financiamento são aprovados, o primeiro dos quais a celebrar com os britânicos do Standard Chartered Bank (SCB), no valor global superior a 220,5 milhões de euros (41 mil milhões de kwanzas).
O valor representa o financiamento necessário para a cobertura do projecto do sistema de transporte de energia associado ao Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca. No mesmo documento, é revogado um Despacho Presidencial anterior, de 12 de Julho de 2017, sobre outro financiamento ao projecto.
Igualmente com data de 28 de Dezembro, foi aprovado um acordo de financiamento a celebrar entre Angola e a companhia britânica Gemcorp, no valor global de 150 milhões de dólares (25 mil milhões de kwanzas), “para a cobertura do défice do projecto do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca”.
Os despachos consideram que a estratégia do Executivo, no que concerne à diversificação das fontes de financiamento para a cobertura de projectos de investimento, impõe a necessidade de criação de condições técnicas para a concretização e operacionalização de projectos do sector da Energia e Águas integrados no Programa de Investimento Público, no âmbito da Política para o Desenvolvimento Económico e Social do país.
O Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, no rio Kwanza e localizado entre as províncias do Cuanza Norte e Malanje, foi um investimento do Estado de 4,3 mil milhões de dólares (617 mil milhões de kwanzas), tornando-se a maior obra pública do país.
Também tido como a maior obra de engenharia civil de sempre no país e a segunda maior barragem em África, Laúca servirá para abastecer oito milhões de pessoas, chegando em  2018 a províncias do centro do país como o Huambo e Bié.
A obra foi projectada financiamento da linha de crédito do Brasil e movimentou, nas várias fases, cerca de 13 mil trabalhadores.
A construção arrancou em 2012, tendo como empreiteira a brasileira Odebrecht, Em Setembro bde 2017,  entrou em funcionamento do segundo grupo gerador, elevando a produção debitada na rede, provisoriamente, com cerca de 500 Megawatts (MW).
Com um volume de água de albufeira de mais de 2.500 milhões de metros cúbicos, o enchimento da barragem de Laúca só termina este ano, com a elevação até à quota 850, completando o reservatório na sua totalidade.
Nessa altura estarão em funcionamento as seis turbinas que estão instaladas, totalizando 2.070 MW de electricidade, mais do dobro da capacidade das duas barragens – Cambambe (960 MW) e Capanda (520 MW) – já em operação no rio Kwanza.
Obras no Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, estão entre os fundamentos encontrados pelo Executivo para projectar um crescimento económico de 4,9 por cento este anos.
Mais de 60 por cento da taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano é atribuído, nas estimativas do Governo avançadas no Orçamento Geral do Estado, são atribuídos ao sector da energia.

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  • 07/01/2018
    • Angola
    • Economia