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Financiamento chinês a Angola prevê criação de 365.000 empregos

A Linha de Crédito da China (LCC) a Angola vai financiar 155 projetos com 5,2 mil milhões de dólares (4,7 mil milhões de euros), a executar por empresas chinesas, estimando o Governo angolano a criação de quase 365.000 empregos.

A informação consta do plano operacional da LCC, elaborado pelo Governo angolano com as obras a realizar pelas empresas chinesas ao abrigo deste financiamento, fechado durante a visita de Estado de José Eduardo dos Santos à China, documento ao qual a Lusa teve hoje acesso.

O setor da energia e águas lidera, em termos dos montantes a investir, entre nove setores, com 2.174.238.412 dólares (dois mil milhões de euros) alocados para 34 projetos.

Neste setor, só o projeto para reabilitação e reforço do sistema de abastecimento de água na província de Cabinda, a desenvolver em 18 meses, vai custar 209 milhões de dólares (191 milhões de euros) e gerar, na perspetiva do Governo angolano, 42.421 empregos.

O setor da construção contará com 33 projetos, mobilizando 1.644.282.124 dólares (1,5 mil milhões de euros).

O setor da educação é o que concentra o maior número de projetos, num total de 55, sobretudo a construção de escolas, num investimento global de 373.348.412 dólares (342 milhões de euros).

A província de Luanda vai mobilizar cerca de um quinto do total do investimento, com 1.026 milhões de dólares (941 milhões de euros) em 18 projetos, seguida do Huambo, com 776 milhões de dólares (712 milhões de euros) e 12 projetos.

O documento é acompanhado por uma lista com 37 empresas chinesas “recomendadas para o mercado angolano”, ao abrigo da LCC.

Apesar de executados por empresas chinesas, o Governo angolano garantiu anteriormente que estes projetos terão também uma incorporação maior de materiais e empresas nacionais, face às linhas de crédito anteriores.

O Governo angolano anunciou a 15 de outubro que o acordo estabelecido com a China em junho previa a atribuição a Angola de um crédito a rondar os seis mil milhões de dólares, a aplicar em investimento público no país.

A informação foi prestada na Assembleia Nacional pelo vice-Presidente da República de Angola, Manuel Vicente, em representação do chefe de Estado, na anual mensagem sobre o estado da nação.

“Contraíram-se também créditos à China no valor de aproximadamente seis mil milhões de dólares norte-americanos, destinados a investimento público nos domínios da educação, saúde, água, energia elétrica e estradas, tendo sido já aprovado pelo executivo o plano operacional para assegurar a execução de projetos identificados em 2016 e em 2017”, disse Manuel Vicente.

Angola enfrenta uma crise financeira e económica devido à forte quebra da cotação internacional do barril de crude no mercado internacional, o que provocou também uma crise cambial, pela redução de entrada de divisas no país.

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  • 21/01/2016
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